sexta-feira, 30 de abril de 2010



É isso! Uma decepção atrás da outra e o mundo continua a girar, a música não parou de tocar, os pássaros ainda cantam... eu continuo a viver e com certeza tudo isso vai passar. Não sei como é possível amar tanto ao ponto de não ver um palmo na frente do nariz. Não sei como é possível amar e conseguir enganar tão brilhantemente ou nem tanto assim.
É o que acontece com os corações apaixonados, pobres e tolos corações.
Será mesmo que existe amor eterno?
Será mesmo que existe amor perfeito?
Já acreditei muito e plenamente nisso, hoje já não sei mais. Cada um ama a sua maneira e quando duas pessoas se amam de maneiras distintas e com propósitos distintos nunca pode dar certo, não é mesmo?
Acho que não tenho a resposta.
Afinal, o amor é uma caixinha de surpresa em que você está ansioso pra abrir e ver o que tem dentro. Pode te fazer a pessoa mais feliz do mundo como pode, também, te fazer desabar ao ponto de nem sentir o chão sob seus pés como numa queda sem fim.
Mas quem sou eu para saber dessas coisas? Apenas uma simples mortal com todos os defeitos possíveis, qualidades e perguntas que nunca serão respondidas.
Um turbilhão de coisas passando pela minha cabeça e eu não sei controlar. Como numa montanha coberta de neves instáveis e a menor das brisas é capaz de provocar uma avalanche com proporções devastadoras. Não tem como controlar, ela vai caindo, caindo, caindo e quando tudo chega lá embaixo e tudo se acalma é o momento de refletir e começar a procurar o que ela destruiu e o que deixou de pé.
Só quando vem a calmaria vem também a reflexão e no momento a avalanche ainda acontece dentro de mim.

Karina Martins